segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A vida é uma constante perda. (Análise Life Is Strange)


Enfim consegui terminar Life is Strange, após muito tempo esperando o lançamento do último episódio, finalmente consegui jogar, ver como chega ao fim a jornada de Max e Chloe, como tudo voltaria ao seu lugar após todas as descobertas e conseqüência dos seus atos ao final dos outros quatro episódios, mas não é sobre o final em específico que vou escrever hoje.

Para aquelas quatro pessoas que não sabem o que é Life is Strange ou que não dão nenhuma foda pra o jogo porque acham que é coisa de hipster (o que cês tão fazendo por aqui? Vão jogar CoD enquanto batem uma punhetinha, seus escrotos), LiS é um jogo de interactive drama, ou seja, um filme interativo em que você fará as escolhas do personagem principal e essas escolhas acarretarão em consequências para o futuro da sua aventura. Já que esse tipo de jogo tem como enfoque uma narrativa, geralmente a história é bem detalhada e os personagens são mais humanizados possíveis.

A história do jogo segue a vida de Max Caulfield, uma moça de 18 anos que volta a sua cidade natal após muito tempo para poder estudar na Blackwell Academy, uma escola especializada em ciências e artes. Ela acaba descobrindo que tem o poder de voltar no tempo e acaba tendo uma visão da cidade sendo destruída por um tornado, com isso a história segue na tentativa da moça de descobrir como impedir esse tornado e se reunindo com uma velha amiga, Chloe Price, que está em busca da verdade por trás do desaparecimento de uma das alunas de Blackwell, Rachel Amber. Exatamente, neste jogo você terá o poder de voltar no tempo, por isso sempre que se arrepender de uma decisão ou não conseguir continuar o diálogo com alguém, você simplesmente pode voltar e mandar a resposta correta ou a que você acha que terá um desenrolar melhor para a história.

Aparentemente essa é a festa com o maior número de gêmeos reunidos

O jogo explora de uma maneira maravilhosa a amizade e os dramas adolescentes, o que sempre dá um tom emotivo para a narrativa e quanto mais você adentra a história, mais as emoções tomam conta e tudo isso já no segundo capítulo. Você sempre irá pensar bastante em como as decisões irão repercutir ao seu redor e não como irão afetar o fim do jogo, o que em minha opinião é algo excelente.

Já a gameplay é bem simples, você anda pelo cenário, interage com alguns objetos, alguns deles podem acarretar em algumas mudanças nos detalhes das relações que cercam a Max, outros são apenas notas mentais e outros são fotos que são colecionadas e servem como objetivos secundários que nos garantem algumas conquistas em qualquer que seja a plataforma que você esteja jogando. Entretanto, existe uma certa parte no último capítulo que a gameplay fugiu desse padrão, nessa parte, o jogo acabou tentando adaptar um stealth, porém acabou falhando, pois em dados momentos, você acabava sendo descoberta mesmo relativamente atrás da parede, inclusive eu passei deste momento numa gambiarra de voltas no tempo, fora isso, a gameplay foi bastante satisfatória.

A trilha sonora composta basicamente por músicas indie rock e folk são uma bela adição para a história, deixando o jogador bem imerso, seja com Alt-J tocando no início da manhã enquanto a Max se arruma para ir a aula, seja com Syd Matters tocando ao fundo enquanto você caminha sem rumo pelo corredor indo até o banheiro no início do primeiro capítulo, sempre existe alguma música que se encaixa bem nos momentos do jogo. Aliás, deixarei aqui a minha música favorita da trilha sonora, ela acabou marcando a minha aventura pelo jogo graças ao final do segundo capítulo, quem jogou sabe do que estou falando.

Se você não se tornar hipster depois de jogar isso, nada mais o tornará

Agora falemos dos personagens, pois eles que fazem dessa história aquilo que ela realmente é. Comecemos por um detalhe importante: Quase todos os personagens têm algo que os torne incrivelmente intragáveis, mas o melhor de tudo isso é que mesmo assim as pessoas simpatizam com eles, pois todo mundo tem algo que faz de si mesmo uma pessoa intragável e esse toque de realidade faz com que alguns desses personagens se tornem memoráveis.

A primeira personagem da listinha é a Max Caulfield, a moça que interpretamos ao jogar, sinceramente ela é extremamente sem graça, porém tem um bom coração e isso conta bastante. Nas primeiras horas de jogo eu fiquei com uma impressão de que ela é o equivalente do mundo dos games à Bella Swan, mas fico com uma impressão de que eu estivesse errado. Ela é uma moça tímida que adora fotografia e sonha em se tornar uma artista reconhecida um dia. Sempre observando mais o mundo do que participando dele, ela acaba sendo meio que afastada pelos outros estudantes de Blackwell.

A segunda protagonista é Chloe Price, uma garota rebelde, teimosa e com um arquétipo punk rock. Ela é considerada uma má influência pra Max e é uma personagem 50/50, mas o que significa isso? Bem, muita gente a odeia e muita gente a ama, no meu caso, gosto bastante dela, apesar de em certos pontos da história ter ficado com uma antipatia, mas o caso é, ela tem essa personalidade rebelde e teimosa por conta das perdas que teve durante sua vida. Logo quando criança ela perdeu o pai em um acidente de carro, logo depois perdeu sua melhor amiga, a Max, que teve de se mudar para Seattle com a família, algum tempo depois, a mãe dela casa-se com David Madsen; que com certeza não é o homem mais equilibrado do universo; e ainda perdeu a sua nova melhor amiga, Rachel Amber. Tudo isso contribuiu para que Chloe se tornasse o que vemos hoje em dia, uma mulher com problemas de confiança, abandono e raiva. Por isso, sempre a vemos reclamando com Max sobre como ela a abandonou e nunca se comunicou, até entendo isso, mas às vezes Chloe nos leva em algumas aventuras suicidas e isso faz com que muitas pessoas a odeiem.

E finalmente chegamos a um dos dois personagens que eu não consegui odiar em nenhum momento do jogo: Warren Graham. Ele é o típico geek que adora animes e filmes undergrounds, ama ciências, tímido ao expressar sentimentos e que sempre acaba rejeitado pela garota que gosta. Agora vocês sabem por que eu não o odiei, ele é praticamente eu, a diferença é que eu não entendo porras de ciências e passo a maior parte do meu tempo com músicas e jogos, mas estou divagando demais, além disso tudo, ele também lhe salva algumas vezes no jogo e te ajuda na investigação.
E agora vamos à parte mais odiosa do jogo, Victoria Chase. Puta merda, como eu odeio essa menina. Primeiramente, ela é o estereótipo de pessoa nojentinha e rica que pisa em todos, mas que tem uma legião de seguidores e seguidoras que fazem o que ela manda para ganharem status social. Ela odeia a Max, espalha o vídeo da Kate, entre outras coisas, mas o jogador tem a opção de ser gentil com ela e talvez assim ela escute a voz da razão, mas já que eu sou um exímio cuzão e babaca eu sacaneei ela no mesmo nível. Eu não me orgulho muito disso, mas estava com raiva no momento. Entretanto existe um momento do jogo que faz com que a Victoria se arrependa do que fez, após o episódio 2 e durante o episódio 3, a depender das suas escolhas, a Victoria irá se arrepender de ser desgraçada com a Kate, mas isso é o máximo que vocês ouvirão.

E por falar em Kate, vamos falar dela. A moça triste que vive chorando pelos cantos e é escrotizada por todos no jogo, exceto você. Ela é uma moça extremamente religiosa e por alguma razão nos Estados Unidos esse pessoal é que é oprimido, ou só nesse jogo. Enfim, ela era uma garota extremamente gentil e amável, que se tornou depressiva graças a um vídeo vazado dela em uma festa do Vortex Club. O jogo não deixa claro o conteúdo do vídeo, mas claramente era algo sexual e para piorar a situação da moça, ela acabou sendo drogada, o que resultou no tal vídeo. Ironicamente, achei a Kate a melhor personagem do jogo, ela não reclama exageradamente que nem a Chloe, não é uma grande desgraçada como todos os outros, ela só é uma menina normal que queria seguir sua vida de uma maneira calma, mas que foi arrastada em um turbilhão de caos e merda que é a elite social de Blackwell. Assim como várias outras moças da vida real, ela sofre por causa da covardia de algumas pessoas que acham divertido espalhar fotos ou vídeos íntimos das pessoas e depois as chamarem de vagabundas ou algo do gênero, como se a culpa dos conteúdos terem sido vazados fossem delas. Mas quem sou eu pra questionar os métodos de “justiça” que as pessoas de “bem” propõem? Sigamos em frente.

Por fim, temos Nathan Prescott, o riquinho rico, aquele garoto irritante e mimado que tem tudo o que quer e se acha superior por ser rico, todo mundo conhece um filho da puta desses. Ele se acha o artista dark conceitual, assim como acha que é dono de Arcadia Bay e que manda em todo mundo. Infelizmente o pai dele manda em tudo, então ele pode fazer o que quiser sem levantar suspeitas ou alguém dar uma mínima foda, o que te fará odiá-lo o jogo inteiro, ou não, se você for um puta de um babaca, mas convenhamos, essa galera vai estar ocupada demais trepando do que jogando um jogo de hipster dos games.

...

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De repente não me sinto tão satisfeito ao fazer esse review, mas vida que segue.
Por fim temos a desaparecida, porém extremamente vital pro enredo, Rachel Amber. Ela está em todos os cantos, quase todos os diálogos, mas você nunca a vê no jogo. Ela é a causa de tudo que ocorre na história, assim como a Chloe. O que se sabe sobre ela é meio incerto, mas o que dá para se notar é que ela é adorada por todos da cidade, o que me faz pensar que ela era muito gente boa. Ela tinha uma relação muito próxima de amizade com a Chloe, o que faz com que todos pensem que elas tivessem sido um casal, pois obviamente ninguém pode ter uma amizade forte e bem próxima sem querer roçar uma genital na outra.

O jogo te ensina bastante sobre o futuro

Com isso, irei agora falar do último episódio, o famigerado final.

Sinceramente, o último episódio serviu mais para ser um flashback de tudo que ocorreu de importante no jogo e lhe mostrar o caos que as viagens no tempo da Max criaram no fluxo temporal. Essas realidades alternativas as quais a Max acaba viajando são todas distorcidas, quebradas, assim como o espírito dela após tudo o que ela presenciou durante todos esses episódios. Vimos mensagens de culpa vindas de diversos personagens na história, mas na verdade tudo isso vem da insegurança que a Max, assistimos de um outro ponto de vista um certo momento do jogo, vimos o que aconteceria se a Max tivesse levado a foto pro concurso e afins, tudo isso sem perder o clima emocional pesado, infelizmente um pouco do clímax foi perdido em uma sequência de jogabilidade stealth bem quebrada.
E finalmente chegamos a conclusão do episódio, neste exato ponto da review terei de abrir mão e contar spoilers da cena final, que vocês provavelmente já devem ter visto em vídeo.

SPOILER ALERT





Então, primeiro, a sacada do tornado que irá destruir a cidade ser causado pelas múltiplas tentativas da Max de mudar o futuro foi simplesmente genial. Segundo, a última decisão do jogo apesar de caber na história e te fazer pensar por várias horas é algo muito bom e creio que combina com o jogo, mas infelizmente eu me senti bastante decepcionado, pois isso faz com que todo o esforço que você teve durante a jogatina tenha sido em vão. Lembram quando lançaram Mass Effect 3 e que os finais ignoravam todos os sacrifícios que você fez pra salvar a vida das pessoas na galáxia? É mais ou menos a mesma coisa, só que em uma escala menor de matança e maior de sentimentos.

Digo, decidir entre deixar sua melhor amiga morrer ali na sua frente e você não fazer nada pra impedir só porque irá destruir toda uma cidade e seus habitantes é um fardo extremamente pesado para uma garota de apenas 18 anos, parafraseando Family Guy, ninguém merece ter de passar pela experiência de enterrar uma pessoa importante, principalmente tão jovem, infelizmente na vida somos todos perdedores e foi isso que aprendi com o final de Life is Strange. Não importa o quanto você tente mudar o seu destino ou salvar o mundo, você ainda assim acabará perdendo muitas pessoas ou coisas importantes para si mesmo e ainda assim provavelmente não irá conseguir salvar a todos.

O jogo pode ter tido falhas, mas o seu conteúdo e narrativa acabaram o tornando extremamente ótimo, com momentos em que eu nunca senti ao jogar algum telejogo eletrônico, este provavelmente foi o melhor jogo que tive a oportunidade de jogar em 2015.

Nota: 8/10

sábado, 22 de agosto de 2015

Persona 2: Não há como fugir do seu passado

Faz muito tempo que não escrevo aqui, então para o meu grandioso comeback, resolvi pegar a ideia que o meu amigo me deu para um artigo, falar sobre Persona 2.


Eu gosto bastante da franquia Shin Megami Tensei e gosto mais ainda do spin off da saga, o Persona.

Para os milhões de pessoas que não sabem o que diabos é Shin Megami Tensei, é uma série de JRPGs que têm como tema o mundo sobrenatural, sendo mais específico mitologias e religiões de várias partes do mundo, ou seja, nesse universo você irá encontrar demônios, anjos, cruz credos, mula sem cabeça e afins.

No Persona a história foca mais em um grupo de adolescentes que têm a habilidade de invocar os personas, que são as facetas de suas personalidades, que são representadas pelos seres mitológicos. A saga tem cinco jogos, cada um com uma história diferente, sendo que o segundo jogo foi dividido em uma duologia. Hoje irei me focar mais no Persona 2: Innocent Sin, o segundo jogo da saga, que foi originalmente lançado para Ps1/PsX em 1999 e remasterizado para PSP em 2011.



Uma curiosidade para iniciar bem, a versão original do jogo nunca foi lançada no Ocidente porque existia referências ao nazismo e homossexualidade. O link contido tem spoilers, só pro caso da galera sensível a spoilers.

Mas então, sobre o que se trata a história do jogo? Ela foca no grupo de amigos, Tatsuya (seu personagem), Eikichi (estereótipo de rockeiro visual key), Lisa Silverman (filha do Steven Seagal), Maya (uma jornalista da Capricho), Yukino (personagem do Persona 1 e fotógrafa) e Jun. Sim, o Jun não terá descrição porque envolve partes cruciais do enredo. A cidade de Sumaru borbulha com uma lenda urbana sobre um jogo do Joker, em que quatro pessoas se juntam para jogar e elas têm a chance de terem seus sonhos realizados, mas há um porém nisso, quem não conseguir falar qual o sonho que quer ser realizado terá sua vida roubada e se tornará uma carcaça vazia e deixará de existir no plano real. E tem mais, além do Joker's Game, ainda há a lenda de que qualquer rumor espalhado pela cidade se tornará realidade e claro, tudo isso combinado irá dar uma grande merda. Em termos de história, o Persona 2 é bastante interessante e rico e o melhor de tudo é que não há uma amarração por conta da vida escolar e social links. Claro, os social links são legais e interessantes, mas se você não se programar bem, você poderá perder muitos contatos durante a playthrough, já no P2, você irá conhecer os personagens apenas jogando pela história, ou seja, mesmo se você ficar atrás de coisas secundárias, você irá ter a experiência completa da história, o que é o melhor que um RPG pode oferecer.


A trilha sonora do jogo é bem legal, aqui não vemos jpop farofa ou wannabes de rap rock, como nos Personas 3 e 4, principalmente a trilha sonora do 4. Por mais que eu goste muito do Persona 4, eu odeio a música de batalha contra inimigos normais ou alguns temas de dungeons, no entanto a música de bossbattle é extremamente linda e épica, sério, quem não ouviu terá o link exatamente aqui. No Persona 2 temos batidas dark, que combinam muito com a temática do jogo, o que dá uma imersão maior nas coisas.

No final de tudo isso, o que temos de Persona 2 Innocent Sin, é um clássico cult dos video games, que todos os amantes de boas histórias deveriam tentar algum dia. E para aqueles que se consideram fãs de Persona, esse título é fundamental para se jogar.



Até o próximo artigo, beijos no coração.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Primeiro review de filme,Gatsby é um cara legal

Olá a todos vocês, estou de volta e dessa vez tentando fazer algo diferente, tentarei fazer reviews de alguns filmes que assisti e espero fazer do jeito certo e também com uma pitada de humor para não deixar nada muito entediante, então pra começar irei nada mais nada menos do que falar sobre The Great Gatsby. COME WITH ME, OLD SPORT!

Então, sobre o que a história do filme fala? É nada mais nada menos do que a quinta adaptação do livro homônimo do escritor Francis Scott Fitzgerald, que é basicamente as memórias de Nick Carraway, que está em um hospital psiquiátrico para tratar de seu alcoolismo, nisso a história relata alguns fatos da vida dele que o levaram a conhecer Jay Gatsby, um milionário misterioso que era seu vizinho e sempre dava festas espetaculares em sua mansão/castelo. Nisso, é focado o passado de Gatsby, como ele chegou até aquele lugar, qual a intenção dele ao fazer todas aquelas festas e claro, a pergunta principal, quem é Jay Gatsby?

O que o filme fez com maestria foi manter o mistério sobre a história de Gatsby e a razão do Nick ter tanta admiração pelo amigo, você provavelmente vai se sentir bastante curioso pra descobrir a verdade sobre o nosso querido rico festeiro e quando descobrir, também será provável que ache extremamente lindo, além disso, a atmosfera que ele (o filme) passa é simplesmente sensacional, pois é tudo muito colorido e animado, muito lindo para os olhos, além de ter o charme dos anos 20, época em que a história se passa.

Sobre os atores, bem Tobey Maguire me convenceu bastante como Nick Carraway, graças ao seu jeito meio bobão que sempre vi quando ele era o Homem Aranha, ele combina bastante com o personagem, já o Leonardo DiCaprio como Gatsby é algo simplesmente sensacional. Primeiro de tudo, eu assisti esse filme um dia após ter visto Lobo de Wall Street e a primeira coisa que prestei atenção quando percebi que iria ter uma fala do DiCaprio foi ver se aquilo soaria completamente diferente do que eu vi dele como Jordan Belfort e bem, ele conseguiu, uma atuação bastante convincente e ao olhar pra ele percebi as emoções do personagem, e sim, eu sei que isso foi extremamente clichê, mas é a verdade.

Foda-se a Academia, o DiCaprio precisa de um Oscar.
Malditos intelectuais críticos de cinema, só porque ele cheirou cocaína no rabo de uma prostituta, qual o problema? É normal fazer isso, digo, ah foda-se vocês entenderam.

Continuando, o que dizer de Carey Mulligan como a Daisy? Bem, eu achei magnificamente linda, além de ter feito uma atuação boa, nada que tenha sido muito legal como o que vi com o Leo e o Tobey. Joel Edgerton fazendo o papel de Tom Buchanan, marido da Daisy, foi outro que achei bastante convincente, ele realmente parecia um marido cuzão e também o típico homem branco e rico, preconceituoso babaca dos anos 20. Oh, a América! E por fim temos a maravilhosa Elizabeth Debicki, a personagem dela não foi muito destacada no filme, mas acho que ela merece créditos por ter feito um bom trabalho como atriz coadjuvante.

O que mais me surpreendeu foi o desfecho final do filme e o jeito que ele é descrito pelos olhos do protagonista, Nick. Ao ver os últimos minutos eu confesso, quase chorei pelo desfecho, já que não era o que imaginava e também senti um grande carisma pelos dois protagonistas, mas o que mais emocionou foi a mensagem dita pelo Carraway, eu espero que sintam o mesmo ao ver o filme. Aliás, uma coisa muito boa que tive nesse filme foi o fato de realmente ter me importado com os personagens, raramente tive isso com os filmes que assisti nesses últimos anos e bem, pra mim como um amante de jogos e de histórias, os personagens realmente importam, pois para se ter uma história interessante por completo é necessário ter personagens interessantes e carismáticos, coisa que Nick Carraway e Jay Gatsby foram durante essas quase duas horas e meia.

Nota: 

E por hoje é só, espero que gostem do review e caso eu tenha dito alguma besteira com relação as partes sérias do artigo, me digam, é o meu primeiro trabalho de review de filmes, então ainda estou tentando me ajustar, mas espero que com o tempo eu melhore, até o próximo artigo que será nada mais nada menos do que sobre o Persona 3 Spring Of Birth.


See ya, old sports!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Kagerou Days: Flashbacks Kawaiis de uma diva pop em crise



Então, eu prometi a mim mesmo que nunca mais iria ler Kagerou Days na vida, que nunca mais iria sequer lembrar-se da existência desse maldito mangá, mas aqui estou eu em outra madrugada sem sono e solitária, lendo para poder fazer um artigo sobre o maior mito da história dos mangás, muito mais boladão que o Nego do Borel, mais transante que o Mc Pedrinho, mais parça que o Mc Brinquedo, é ele o grandioso: PUNHETEIRO-KUN!

FOGOS DE ARTIFÍCIO E SOLO DE GUITARRA


Okay, talvez ele não seja isso tudo, talvez eu tenha certeza que ele não seja nada disso em hipótese alguma, mas hey, vocês adoraram a saga dele, ah como sei. E sim, eu achei divertido escrotizar com o mangá, mas ler ele é um trabalho digno de pessoas extremamente fortes, pois é ruim que dói, mas chega de enrolação, vamos retomar de onde paramos. 



Da última vez que vimos o filho da puta nosso herói, ele levou um cu shot de um dos integrantes da Ordem do Rolezinho Boladão, mas nem um tiro na raba pode parar nosso herói, que consegue salvar o dia e aparece aparentemente ileso da rajada de tiros anais que levou. E no canto vemos uma propaganda da Twitch, aparentemente esse mangá tem alguns padrinhos poderosos para ainda continuar saindo, mas isso é assunto para outra hora. Ele tenta acordar e se levantar, mas está fraco demais, então acaba desmaiando e então uma cena de uma espécie de condomínio onde ele está sendo cuidado por dois traps, um chamado Seto e uma menina bonitinha que chamarei de Kawaii-chan, por motivos óbvios.


 
Nosso herói acorda assustado, pois seus ferimentos anais não podem ser mais sentidos e ele não sabe onde está e quem está cuidando dele e pela primeira vez nessa saga eu tenho que concordar com ele, se eu tivesse levado um tiro na bunda eu também me preocuparia caso acordasse num lugar estranho. Então, ele vê que pela primeira vez na vida uma moça bonita havia cuidado dele, então ele fica mais assustado ainda, pois no Japão sempre deve-se desconfiar de meninas bonitas, elas podem esconder surpresinhas que podem não agradar a muitas pessoas.



PORÉM, nem tudo são flores, ou pintos escondidos em vestidos enormes e olhos de moe, pois tudo isso não passou de um sonho molhado do nosso protagonista e lá se foi mais um litro de esperança para fora do meu jarrinho. A Escrava-chan grita perguntando o óbvio e então há um close dramático.


TAM DAM DAAAAAAAAAAM

Trap-san, Br-kun e uma mina desconhecida estavam esse tempo todo observando ele se deliciar em seus sonhos molhados e ao perceber isso o grande Punheteiro-kun faz o que faz de melhor: Olhar a todos com cara de cu.

Mas puta merda, hein? Que personagenzinho mais vagabundo esse.
 
E logo depois vemos que a mina desconhecida é a irmã do protagonista e por incrível que pareça ela tem nome, além disso, descobrimos que o Trap-san é uma mulher, então outro mistério da vida já foi resolvido, vamos aplaudir a todos que acertaram. A Escrava-chan, como toda boa personagem kawaii desu ne fanservice, resolve fazer kawaiizices para fazer com que mais otakus auto amantes amem esse mangá e o defendam até a morte, por mais que seja horrível.

Logo após ignorarmos isso, percebemos que a Momo, irmã do nosso herói, é tão tapada quanto ele.

Eu não tava brincando quando falei que ela era tapada, e com isso percebi que ela também é personagem de fanservice, aparentemente japoneses acham que garotas bonitas não podem ser inteligentes e têm de ser crianças, viva ao progresso japonês. Claro, a Escrava-chan resolve dar um pouco de crédito ao feito homérico do Punheteiro, mas isso é rapidamente esquecido, pois o Br-kun e o Encapuzado-kun têm lag mental e ainda estão processando a informação de que terá um passeio ao parque temático no topo do shopping, mas infelizmente nosso mito está traumatizado demais para sair de casa pelos próximos dezoito anos. Repetindo, se eu levasse um tiro no rabo eu também passaria anos sem sair de casa.
 

Trap-san explica a ele o porquê dele ainda estar vivo, a bala apenas raspou a bunda dele e como todo bom personagem desse quadrinho japonês, ele resolve ignorar tudo o que foi dito e perguntar uma coisa completamente nada a ver.



Eles se apresentam em um coral clichê digno de desenho japonês, com o nome de Mekakushi Dan, mas já que isso é difícil demais pra ficar escrevendo irei chamar a organização de Bonde dos Catchorros.

Um beijo para quem entendeu a referência musical.



E novamente um clichê de animação japonesa é usado, cacete como eu odeio quando o protagonista repita pausadamente em tom interrogativo o que ele acabou de escutar.
Então descobrimos que esse nome de filho da puta foi culpa do Br-kun e a irmã tapada do Punheteiro-kun continua sendo extremamente tapada e faz com que otakus do mundo inteiro esporreiem suas mãos ao vê-la fazer suas kawaiizices.


E lá vamos nós para um flashback...
 

Que nos faz perceber que a tal irmã do herói é uma diva pop japonesa e que ela é mais burra que uma porta.
 

Temos um diálogo que supostamente era para ser engraçado, pois aparentemente japoneses acham que alguém gritando histericamente com a cara deformada seja algo hilário, mas adivinhem: não é. Continuando o diálogo sem graça, há um devaneio sobre ursos e veados e solidão e morte e violência, além disso, descobrimos que todo o esforço da Kawaii-chan para chegar a tempo na aula foi em vão, já que nesse dia um dos três feriados japoneses está sendo comemorado e com isso os alunos serão liberados mais cedo.
 

Ela começa a se lamentar por ser uma falha e ter resultados ruins e também se lamentar por conta do calor que está de matar, fazendo com que prontamente se dirija a algum lugar para pegar uma bebida, mas nem tudo é fácil na vida de Kawaii-chan, pois ela acaba achando um grupo de garotas felizes, sendo que uma delas é extremamente parecida com ela. Ou eu tenho um péssimo senso de coincidências ou o desenhista dessa bosta tava sem saco e resolveu botar duas personagens iguais na mesma cena, mas quem sou eu para julgar?
 
Há uma tensão, elas se olham e parece que haverá treta.



Meh, na verdade isso só foi uma deixa pra mais um monólogo sem graça e desnecessário e depois uma propaganda difícil de ser notada graças ao destaque de pose “””””””sexy””””””” da nossa heroína. Kawaii-chan se lamenta por não saber falar direito e não conseguir arranjar novos amiguinhos.

Eu sei como você se sente Kawaii-chan, exceto pelo fato de ter super poder de ser notada por todos.

 
 



Parando a divagação, ela encontra um folheto de uma loja que está em promoção limitada e com isso começa outro drama grandioso e épico para a história:

Como ela vai comprar o negócio sendo que a loja está sempre lotada?

Resposta:      



Cobrindo a cabeça como toda celebridade chapadona faria. Ou se você for um Ubisofteiro, ela utilizou um capuz da irmandade dos assassinos, mas falar isso não teria graça.

Por ironia do destino o lugar onde ela tem que ir está exibindo o clipe dela e o comentário sobre a música dela é simplesmente impagável.




Eu sinceramente acho que isso revela muito sobre o talento da moça para a música, mas vamos pular isso e chegar para um momento Lei De Murphy, pois após ela resolver andar, um vento forte arranca o capuz de sua cabeça revelando o irrevelável:



ELA É UMA SUPERSTAR! OMG SACRIFIQUEM-NA PARA NOSSA COLHEITA!

Nossa heroína fica sem reação ao ver a multidão enfurecida ao redor dela, observa fixamente todos a olhando e comentando e resolve agir.



Há um drama estilo Hannah Montana, então Kawaii-chan resolve correr se batendo em todos como se fosse o Marshawn Lynch e prontamente os populares correm atrás dela e já que estamos no Japão, à única razão para eles fazerem isso é porque eles irão estuprá-la.


Kawaii Lynch-chan despista a multidão de estupradores num beco, então acaba perdendo o fôlego, quando a lei da coincidência universal resolve agir e o agente dela liga para o seu celular, preocupado com...
 
As consequências para a companhia, por causa da treta que ela causou no centro, mostrando que ela não é tão importante assim para a companhia.



O diálogo continua e é possível entender que o agente da moça aprendeu a animar pessoas com um livro de cinco e cinquenta numa livraria semi abandonada, e graças a essas palavras de amor e carinho dirigidas a ela, ela resolve simplesmente sair da companhia e agradecer o “amor” dado a mesma. Ao perceber a merda que fez o agente só tem uma coisa a fazer: Pedir pra esperar, mas os seus esforços foram em vão, pobre homem, irá perder o emprego hoje.


Kawaii-chan começa a se sentir culpada e cai em prantos, mas então um estranho surge na vida dela, esse estranho é nada mais nada menos do que:



Trap-chan.

E com isso o capítulo acaba no melhor estilo novela das nove e como qualquer capítulo de Lost, nos deixa com mais perguntas do que respostas.

TADAM, aqui termino meu primeiro artigo do ano, que demorou até demais para sair, mas hey, o importante é que ainda estou vivo e estou animado novamente para escrever. Como diria o Gaguinho, até a próxima pessoal.