sábado, 19 de abril de 2014

Análise de GTA V + Pequeno desabafo sobre GOTY


Olá pessoas, aqui estou eu de volta após tanto tempo! Finalmente consegui tempo e inspiração suficientes para fazer um novo artigo e também terminar GTA V, a propósito, o artigo de hoje será a respeito desse jogo, que em minha humilde opinião não merecia ter levado o título de Game of The Year na VGX do ano passado e lhes mostrarei o porquê disso, agora vamos lá scooter brothers!

História:


Como qualquer GTA, a história se baseia na vida de crimes de algum personagem, o diferencial aqui é que o jogo se foca não apenas em um personagem, mas sim em três, o que é uma novidade para a franquia. Na época que o jogo ainda estava na fase de prévias e teasers isso parecia incrível, todos pensávamos que a história seria insanamente divertida, ainda mais pelos trailers e notícias que víamos e líamos, mas não foi como imaginávamos.

O enredo gira em torno de Franklin, Michael e Trevor, cada um deles tem suas características e peculiaridades (que falarei mais a frente na seção de personagens). Tudo começa com um assalto ao banco de North Yankton em que você assume o controle de Michael, Trevor e Brad (você descobrirá mais sobre ele durante a história do jogo), eles tentam uma fuga, porém um bloqueio policial impede-os de continuar no caminho normal, assim eles têm de passar pela linha do trem, mas justamente na hora em que eles passavam o trem bate no carro fazendo com que o mesmo não funcione. Perto do local onde eles tinham de chegar um sniper acerta a perna do Brad, o que faz com que Michael e Trevor se questionam se deveriam deixar o companheiro para trás o que dá oportunidade para o sniper acertar Michael, que pede para que o Trevor continue sozinho, um tiroteio ocorre e o nosso caipira maluco favorito resolve fugir e graças a Lei da Conveniência Universal ele encontra uma moça que serve de refém, mas policiais aparecem e ele decide que jogar a garota neles seria uma boa ideia e por incrível que pareça aquilo foi uma boa ideia, então novamente a Lei da Conveniência Universal aparece e ajuda o Trevor a escapar com uma nevasca. Uma cutscene do suposto enterro do Michael aparece e o jogo muda para o presente, nesse momento você comanda o Franklin e tem de roubar um carro, a partir daí a história começa a se desenvolver com o encontro dos três personagens.

GTA V tem uma história meio desinteressante, na verdade dos 69% de missões principais que existe no game, apenas na última missão eu realmente me senti empolgado com o jogo. Infelizmente ela não foi muito bem trabalhada, tudo bem que o jogo continha a história de três personagens diferentes, mas mesmo assim eles poderiam ter dado uma caprichada na história de cada um.

Personagens:

Como eu disse, o jogo possui três personagens principais, cada um com sua própria personalidade e habilidades, nessa seção falarei separadamente de cada um deles.

Franklin:

Primeiramente o Franklin, que me decepcionou muito, pois no início do jogo eu tive a impressão de que ele teria uma participação mais interessante na história, trazendo guerras de gangues e coisas que vimos no GTA San Andreas, mas não foi isso que aconteceu. Durante as primeiras missões dele tudo caminhava para esse lado, mas assim que começaram missões que envolviam ele e o Michael o Franklin se tornou apenas uma sombra do quarentão descontrolado. A partir daí quase tudo que o “Novo CJ” fazia era basicamente em função do Michael, pois ele o via como um pai, alguém que pudesse orientá-lo. Outra coisa que não gostei foi o fato de que perto do fim do jogo a história passa a girar em torno apenas da relação entre Trevor e Michael o que deixou o Franklin meio que esquecido. A Rockstar tinha um personagem que poderia ser extremamente carismático, porém um desenvolvimento mal trabalhado acabou estragando essas chances.

Michael:

Ele é um ex-criminoso com problemas de controle de raiva e que tem o sonho de produzir um filme, exatamente! Michael é um cinéfilo, mas não do tipo indie cult hipster. A trama dele também não é lá essas coisas, mas chega a lhe divertir por conta de algumas situações que são causadas justamente por esse problema que ele tem de controlar os nervos quando irritado. O ponto alto pra mim foi quando ele encontrou o instrutor de tênis com a mulher dele e decidiu perseguir o cara junto com o Franklin, ao chegar ao fim da perseguição ele derruba a casa que aparentemente é do sujeito e simplesmente vai embora como se nada tivesse ocorrido. Michael é um personagem legal, tem os seus momentos para fazer o jogador rir, mas não chega a ser o melhor personagem da série, pois temos nada mais nada menos que...

Trevor:

Ele é o personagem mais divertido do jogo inteiro, não tem senso de moralidade, é psicótico, odeia hipsters e apesar desse jeitão redneck ele tem umas falas extremamente críticas bem ao estilo Family Guy, o que eu acho incrível. O carisma dele é enorme e a parte dele na história do game é extremamente hilária, mas infelizmente não passa disso.

Jogabilidade:

A mecânica de jogo não mudou muita coisa desde o GTA IV, ou seja, continua algo simples e bem prático, apesar de algumas vezes o sistema de mira não ter sido muito inteligente. Apenas a adição de habilidades especiais chegou como novidade para a franquia, cada personagem possui uma habilidade única, a do Franklin consiste no jogo alternar para um modo de câmera lenta que ajuda você a desviar com mais precisão de obstáculos na hora em que você está dirigindo algum carro, a do Michael funciona de forma meio parecida com o Dead Eye do Red Dead Redemption o diferencial é que aqui no GTA ela só serve para alternar para câmera lenta. E por fim temos a habilidade do Trevor que o faz ficar furioso aumentando assim a resistência ao dano dos inimigos e causando mais dano.

Essas habilidades até que ajudam bastante na gameplay, mas eu acabei esquecendo da existência delas, o que não fez tanta diferença assim pra mim, mas provavelmente no caso de um jogador novato na franquia elas talvez sejam indispensáveis.

Nota:

GTA V prometia ser grandioso, mas infelizmente não foi bem isso o que aconteceu. O game cumpre bem o seu papel de divertir o jogador, mas precisa muito mais do que isso para ser merecedor do título de Game of The Year, pois se fosse assim Call Of Duty teria ganhado diversas vezes o prêmio. Ainda sobre essa história de GOTY, creio que GTA V só foi premiado por conta do abalo que ele causou na indústria, além da grandiosa evolução gráfica que foi trazida para o game, mas como já disse não é apenas isso que é necessário para se fazer um bom game. Com isso me despeço de vocês, até o próximo artigo, cheers!

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