segunda-feira, 23 de junho de 2014

Um pequeno debate sobre video games e arte

Hey crianças, como estão? Sentiram saudades? Bem, como sempre a minha vida anda corrida e um completo cuzinho, mas já devo estar acostumado, mas esse não é o objetivo desse post de hoje. Estava eu andando pela casa sem destino, pois às vezes faço isso por culpa de uma rotina repetitiva, e me deparo com um flash de inspiração sobre artes e games e é basicamente isso sobre o que falarei hoje.


Sim, hoje terei um artigo meio sério, nada mais justo após um que aporrinhou lindamente os fãs da Marvel. Agora sigam-me os bons!



Como todos vocês sabem, eu adoro games e raramente dispenso uma oportunidade de passar horas a fio jogando os mais variados estilos. Alguns com histórias complexas, outros com histórias tão intensas quanto um pão de queijo, enquanto que outros não apresentam nem histórias propriamente ditas.

Infelizmente muitas pessoas não dão moral para os joguetes, pois acham que são um passatempo infantil ou é algo para babacas sem vida, o que muitas vezes é algo errôneo, pois apenas poucos dos jogadores se encaixam no estereótipo de gordo tetudo repelente oleoso virgem e muitos dos jogos têm histórias muito mais profundas do que os tão conhecidos “vá até aquele lugar, mate aquele cara, destrua aquele exército e salve o mundo.”, claro que jogos com histórias simples têm o seu lugarzinho ao sol no coração das pessoas.

“Mas Conan, por que diabos você acha que vídeo games podem ser considerados um tipo de arte?”

Bem, no início não aceitavam o cinema e a fotografia como formas de arte, certo? É mais ou menos isso que acontece com os games, pois sempre existe algum douchebag pau no cu para dizer que tal coisa não pode ser arte por ser algo considerado aculturado ou não se encaixa no estereótipo culto da arte, o que chega a ser irritante, pois as histórias de alguns jogos chegam a ser melhores do que as histórias de muitos livros e filmes que vejo por aí, além da abordagem única a respeito de algumas situações que são vistas na vida, como por exemplo, homossexualismo, preconceito, guerras e etc.


Um bom exemplo de história extremamente brilhante e que deve ser aclamada é a de Red Dead Redemption, eu provavelmente devo ter citado esse game umas caralhocentas vezes aqui no blog, mas se fosse pra escolher um que eu mais gostei nesses últimos anos da minha vida, esse seria o jogo escolhido. Claro, a trama de Red Dead não é perfeita, nenhuma história é perfeita, mas o jeito da narrativa, os personagens, a ambientação e todo o clima do jogo fazem com que o jogador se sinta extremamente conectado com o que ocorre na saga do senhor Marston.

Red Dead lhe passa a sensação de solidão, de fugacidade do tempo, a tristeza de um homem que por erros do passado é obrigado a se separar das pessoas queridas para viver numa terra quase sem lei e totalmente selvagem, em que há uma constante luta para a sobrevivência, em que os mais fortes oprimem os mais fracos, tudo isso para se redimir dos erros cometidos no passado e poder ficar enfim com sua família. Tudo isso com uma trilha sonora incrível e composição visual belíssima, que mostra toda a grandiosidade e a imponência do Oeste Selvagem que apesar de estar em seu declínio, ainda era majestoso.

Esse tipo de combinação poderia ter sido muito bem utilizada em algum filme de Hollywood ou a história poderia ter sido utilizada em algum livro, o que claramente demonstra que games podem sim ser uma forma de arte. HA, NA SUA CARA SEU CRÍTICOZINHO DE CINEMA PAU NO CU DE MERDA!

Erhem........ Continuando...

Outro game que tem uma narrativa brilhante é Persona 4, outro que já falei aqui junto com o seu irmão mais novo o Persona 3, que é igualmente brilhante. A narrativa da história é excelente e o foco no desenvolvimento pessoal dos personagens ao seu redor e também do seu são incrivelmente absurdos de tão envolventes que são. Ao fim do jogo você sentirá uma espécie de tristeza por ter terminado, mas também a sensação de orgulho por ter conseguido fazer o final verdadeiro. Nessa série, os personagens são tão bem trabalhados, que você realmente sente um carisma pelos seus companheiros de social link. E claro, a história de temática sobrenatural é um espetáculo a parte, não chega a ser um vislumbre para os olhos com o a de Red Dead Redemption, mas ainda assim tem um bom desenvolvimento.

                                    Utilizando essa imagem, pois todos os jogos da série são brilhantes.

Bem, se for pelo quesito história, os games podem ser considerados realmente um tipo de arte, mas eles também possuem a parte estética. Como não achar absurdamente lindo as representações pixeladas de lugares que podem ou não existir? O horizonte de GTA V, as planícies desérticas de Red Dead Redemption, as galáxias de Mass Effect, os planetas de Halo, tudo isso e muito mais feitos pelos mais capacitados desenhistas e designers gráficos, todas essas paisagens artificiais que lhe abismam e lhe fazem pensar o quanto nossa tecnologia já evoluiu e que algum dia lhe farão sentir uma nostalgia.


Claro, que para um game estar completo é preciso também da trilha sonora e das atuações dos dubladores. Existem games com trilhas sonoras marcantes, como Halo e Castlevania, outros que não são tão marcantes, mas quando aparecem empolgam o momento. E bem, as dublagens são casos a parte, temos sempre uma relação de amor e ódio. Enquanto algumas são extremamente boas outras são vergonha alheia ou apenas sem graça.


Todos esses fatores juntos podem fazer de um jogo algo inesquecível para alguém, algo que possa fazer com que a pessoa não apenas se sinta entretida, mas também admirada, alegre, completa. Talvez esse texto esteja se tornando sentimental e bobo demais, mas a arte mexe com os sentimentos das pessoas e é exatamente isso que os vídeo games tentam fazer, claro que o objetivo principal é gerar lucro para as empresas, mas eles nunca fariam isso com um produto de baixa qualidade. E é por tudo isso que citei neste artigo de hoje que eu considero os games como arte. Sei que esse artigo ficou um pouco menor que o normal, mas infelizmente acabei tendo um bloqueio mental no meio do processo de escrita que me fez atrasar o artigo em algumas semanas, além da rotina corrida. E sobre o sentimentalismo empregado nos momentos finais do artigo: Culpem a minha amiga e a hora do dia. (Sei que cê não vai ler isso, mas beijão gata. <3)